quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Café Europa Radio Show #111, 27-FEV-2014 www.warfareradio.com

01. THE HORSES OF THE GODS - "John Barleycorn" (GB) (v.a. - john barleycorn reborn dark britannica - 2007)
02. SHARRON KRAUS - "Horn Dance" (GB) (v.a. - john barleycorn reborn dark britannica - 2007)
03. PETER ULRICH - "The Scryer & The Shewstone" (GB) (v.a. - john barleycorn reborn dark britannica - 2007)
04. XENIS EMPATAE TRAVELLING BAND - "John Barleycorn: His Life, Death And Resurrection" (GB) (v.a. - john barleycorn reborn dark britannica - 2007)
05. THE KITCHEN CYNICS - "The Guidman's Ground" (GB) (v.a. - john barleycorn reborn dark britannica - 2007)
06. DUNCAN EVANS - "Bird Of Prey" (GB) (lodestone - 2013)
07. DUNCAN EVANS - "Cindy" (GB) (lodestone - 2013)
08. DUNCAN EVANS - "Forever So" (GB) (lodestone - 2013)
09. SPROATLY SMITH - "I Shall Leave You There" (GB) (v.a. - we bring you a king with a head of gold dark britannica ii - 2010)
10. TINKERSCUSS -  "Black Sarah" (GB) (v.a. - we bring you a king with a head of gold dark britannica ii - 2010)
11. VENEREUM ARVUM - "Robin Sick And Weary" (GB) (v.a. - we bring you a king with a head of gold dark britannica ii - 2010)
12. DUNCAN EVANS - "The Old Lies" (GB) (lodestone - 2013)
13. DUNCAN EVANS - "The Curtain Falls Down" (GB) (lodestone - 2013)
14. DUNCAN EVANS - "The Sailoy Boy" (GB) (lodestone - 2013)
15. SIXPENNY WAYKE - "Under England's Sky" (GB) (v.a. - hail be you sovereigns,lief and dear dark britannica iii - 2012)
16. THORNLAND - "Ancient Trees And Fractured Spines" (GB) (v.a. - hail be you sovereigns,lief and dear dark britannica iii - 2012)
17. HEED THE THUNDER - "Easter Tree" (GB) (v.a. - hail be you sovereigns,lief and dear dark britannica iii - 2012)
18. THE TRANSMUTATIONS - "The Breamble Briar" (GB) (v.a. - hail be you sovereigns,lief and dear dark britannica iii - 2012)
19. DUNCAN EVANS - "Cold World" (GB) (lodestone - 2013)
20. DUNCAN EVANS - "Girl On The Hill" (GB) (lodestone - 2013)
21. THE STORY - "All Hallow's Eve" (GB) (v.a. - john barleycorn reborn rebirth - 2011)
22. CUNNAN - "Seven Sleepers, Seven Sorrows" (GB) (v.a. - john barleycorn reborn rebirth - 2011)




Café Europa apresenta: DUNCAN EVANS "Lodestone" (2013)

Passámos as nossas vidas a ouvir música – quase sempre na cidade, aos milhares, fomos colecionando evidências da totalidade das músicas que nos ligavam a alma. Quase invariavelmente, a eletricidade esteve presente como energia que alimentava os meios geradores da música, assim como os veículos da sua transmissão. E do rock se fez prog, e do prog se passou ao hard and heavy, e ao punk, e ao industrial, e ao dark-ambient, e a todos os rótulos possíveis e imaginários que se podem colar numa massa de sons que provêm todos eles das vivências na cidade, e do uso e abuso talvez pouco saudável da eletricidade. E malgrado as contas ao fim do mês continuem sempre a exibir a agravante felonia de quem pretende distribuir progresso contra a hipoteca da vida e alma dos cidadãos, a música elétrica vai continuar a fazer parte das nossas vidas. Então, questionar-se-á o ouvinte, não há nunca uma trégua para os ouvidos do melómano, nunca um momento de guarda baixa que nos reconcilie com os sons naturais?
A resposta é simples e direta – também ainda não nos cansámos da canção folk ocidental, aquela que nos faz reencontrar tradição e natureza, mais para estes lados do Atlântico. No século XXI, que em pouco ou nada melhorou a existência humana, continua a existir o género musical que é, transversalmente, a fonte de todas os outros, e persistem os perpetuadores da Tradição da Canção, que com a sageza que ecoa já de muitos séculos, encontram sempre formas de nos surpreender a todos. É o caso de DUNCAN EVANS, guitarrista dos post-metalers britânicos A Forest of Stars, no seu álbum “Lodestone”.
É fortemente motivante ouvir um disco inteiro sob a égide da mais pura canção folk, da melhor cepa que a tradição britânica pode oferecer. DUNCAN EVANS é ainda jovem e de futuro poderá dar-nos ainda melhores trabalhos, consolidando uma vertente mais pessoal, fora da influência dos A Forest of Stars, que só por si constituem um caso de originalidade na cena post-metal do Reino Unido. Aliás a tag post-metal só pode querer dizer “para além” e não “após”, porque na realidade só ´da continuidade a um ramo do rock que é praticamente cinquentenário.
O mesmo faz DUNCAN neste “Lodestone” – diga-se logo que a grande referência histórica é a de Richard Thompson. As guitarras são tão impressionantemente fidedignas que até Bob Mould – um dos mais reputados filhos espirituais de Thompson – nunca conseguiu tal proeza. E mesmo a expressão com que DUNCAN EVANS pontua as frases que canta, não anda longe da retórica trovadoresca rufia do ex - testa de ferro da Fairport Convention, embora se demarque do seu timbre. Curiosamente, há qualquer coisa de Boy George na marca tímbrica de DUNCAN EVANS, o que só acresce em entrega quase soul ao mester das suas canções – aliás se cruzarmos estas duas principais referências, poderíamos até chegar perto do conceito celtic soul de Van Morrison, não fosse a chancela deste demasiado negra para ser compaginada no apuro melódico essencialmente folk de EVANS.
Feitas as apresentações, partamos à descoberta de “Lodestone”. “Bird of Prey” arranca com uma introdução de guitarras acústicas perfeita e rápida que dá imediatamente o tom que governará todo o trabalho – execução exemplar, perfeccionismo apaixonado e total observância de cânones conhecidos, aceites e não esquecidos. É um regresso saudável a 1969, a um dinamismo criativo da canção folk que não se importa de agradar ao mainstream mas sabe equilibrar-se muito bem em cima da cerca – é arte popular, artesanato impecavelmente acabado que brilha até no escuro. Uma canção sobre o desejo, servindo-se de artifícios poéticos plenos de animismos e simbologias que assomam na esquina do tempo desde a mais remota tradição oral e dos mais antigos escritos pagãos. É por isso mesmo um momento perfeito, até porque se tem de imediato a sensação de se estar em casa – não aqui intervenções alienígenas.
Outro momento alto deste disco de estreia de DUNCAN EVANS será “Forever So” – um tema de revolta e lamento que tanto pode dizer respeito a um alistamento em corpo militar de elite, ou a uma companhia de mineiros ou simplesmente a um serviço cívico; no fim do dia, o sujeito poético acaba desiludido e acusado pelo corpo, arcando com as culpas de outro, porque é preciso encontrar culpados, mesmo que em tempos lhe tenham procurado inculcar o espírito de pertença, o espírito de batalhão, o da unidade … musicalmente, “Forever So” é uma barragem acústica de ira dedilhada misturada com riffs e uns arpejos elétricos lá ao fundo, cheios de beleza, que mais uma vez perfilam Evans nas fileiras dos herdeiros estilísticos de Richard Thompson – que por sinal ainda está bem vivo e recomenda-se.
“The Old Lies” quase nem nos deixa recuperar o fôlego – e estamos em crer que se trata de um tema sobre o que aconteceu em Londres e no Reino Unido em geral, no Verão de 2011. Algumas das palavras aparecem riscadas, como censuradas à velha maneira das cartas previamente lidas no Exército, deixando apenas perceber algumas letras. E o tema avança como que desmascarando as razões pelas quais foi preciso encobrir o que levou a tais manifestações de desespero e oportunismo ganancioso.
“The Curtain Falls Down” faz suite com “The Sailor Boy”, dois temas que arrastam consigo quaisquer reticências de dúvida que pudessem estar a ser guardadas pelo ouvinte, em como este é um dos mais importantes discos do ano passado.
“The Curtain Falls” trata de uma visão apocalíptica do sistema em que vivemos – do estertor do capitalismo que consigo vai demolir grande parte do mundo que se construiu; há um certo estoicismo suicida nas palavras de DUNCAN EVANS que por segundos nos fazem desviar os olhos do libreto e pensar … “The Sailor Boy” é uma história setecentista, plena de contornos do arco-da-velha, decadente e sanguinolenta, uma história de mancebia e infidelidade que começa e acaba mal, talvez até com um pequeno toque de escárnio à maneira de um Hunderby.
No fundo, uma revisitação das temáticas folk obscuras que povoavam a mente de Richard Thompson nos idos de ‘70 e que no presente talvez só Andrew King tenha traquejo para assumir as rédeas. O álbum fecha de seguida com mais um par de temas: “Cold World”, numa exploração de criação mais intimista, que tal como o segundo tema que ignorámos há pouco – “Cindy” – passam por ser os momentos mais indiferentes de “Lodestone”, embora nada devam ao lirismo de qualidade que está indubitavelmente marcado nas impressões digitais de DUNCAN EVANS. No entanto, é com “Girl on the Hill” que a chave de ouro está para guardar todos os mistérios e segredos do coração que irradiam através das frinchas de cofre ferrugento que este álbum parece constituir. Um longo tema de acordes, dobros e solos arrebatados que gritam pelo nome de Richard Thompson em todas as secções, mas da tal forma que só DUNCAN EVANS, até ao momento, é capaz de fazer – apropriando-se estilisticamente de um legado demasiado precioso para cair no esquecimento, demasiado representativo de uma cultura popular e, quer se goste ou não, Nacional.
Andámos todos estes anos navegando nas águas glaucas do dark-folk, e com razão, porque se nas últimas três décadas causas houve para resistir, aquela que procurou restituir a faceta de autenticidade à música popular terá sido a mais elevada, para não dizer a mais nobre. Esses heróis e cavaleiros dificilmente verão estandartes e pavilhões mais festivos que as tavernas onde se reencontram com a sua gente. E nisso nada de mal haverá. É uma glória de outra estirpe, uma vitória pessoal que vale como conto cautelar. Mas na década em que as estrelas de plástico, criadas pela “Great Whore” que é a mega-indústria musical pop anglo-americana, rebentam a imagem e a cabeça de encontro ao gradeamento iluminado dos media, capazes, sabemos lá, de revelar enfim qual o porquê da sua aberrante existência, que surja da bruma eterna das terras de Merlin e Artur, um bardo chamado Duncan Evans, será talvez sinal de que as grandes plateias poderão de novo reaprender a ouvir música e canções verdadeiras, autênticas como a pedra dos seus antigos templos. 

Café Europa Radio Show #110, 20-FEV-2014 www.warfareradio.com

01. THE TRIPLE TREE - "Ghosts (prologue)" (GB) (ghosts - 2008)
02. THE TRIPLE TREE - "The Ghosts Of England" (GB) (ghosts - 2008)
03. ANDREW KING - "Froleichen So Well Wir" (GB) (7" w. blood axis - 2010)
04. BLOOD AXIS - "The Dream" (USA) (7" w. andrew king - 2010)
05. DERNIÈRE VOLONTÉ - "Le Mal Que Tu Me Fais" (FR) (immortel - 2010)
06. DER BLUTHARSCH - "Time Is The Enemy (7" single version)" (AUT) (everything is alright - 2008)
07. BALLO DELLE CASTAGNE - "Ansia / Confessione" (IT) (108 10" ep - 2009)
08. BALLO DELLE CASTAGNE - "Paranoia" (IT) (108 10" ep - 2009)
09. SOLBLOT - "Alderdomen" - (SWE) (för mig finns ingen vag från hemmets dörr - 2012)
10. ORDO EQUITUM SOLIS - "Tomorrow" (FR/IT) (killing time killing love - 2013)
11. KIRLIAN CAMERA - "Barren Cornfields" (IT) (black summer choirs - 2013)
12. VAL DENHAM & Ô PARADIS - "My Blackest Flowers" (GB/ESP) (transform thyself - 2011)
13. TRAUM'ER LEBEN - "Der Innere Tempel" (GER) (…was wird bleiben? - 2013)
14. DARKWOOD - "Scattered Clouds" (GER) (schicksalsfahrt - 2013)
15. DARKWOOD - "Der Letzte Flug" (GER) (schicksalsfahrt - 2013)
16. TEARS OF OTHILA - "Standing On The Ruins" (IT) (way to traditions - 2013)
17. TEARS OF OTHILA - "The Mighty Three" (IT) (way to traditions - 2013)
18. DAEMONIA NYMPHE - "Nature's Metamorphosis" (GRE) (psychostasia - 2013)
19. CORDE OBLIQUE -"Ali Bianche" (IT) (per le strade ripetute - 2013)
20. CHANGES - "Paradiso (excerpt read by Adreano Lami)" (USA) (a ripple in time - 2006/2013)
21. SPIRITUAL FRONT w/STEFANO PURI - "I Just Can't Have Nothing" (IT) (black hearts in black suits - 2013)
Photos: AF.
DERNIERÈ VOLONTÉ
BLOOD AXIS

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Café Europa Radio Show #109, 13-FEV-2014 www.warfareradio.com

01. ALLERSEELEN - "Marques de Pubol" (AUT) (edelweiss -  2005)
02. CORAZZATA VALDEMONE - "Marching For God" (IT) (avanguardia rumorista   - 2013)
03. KRIEGSFALL U - "(MintEgy) EsközIsten Kezében (As An) Instrument In God's Hands" (HUN) (kriegsfall-u & kraschau - unitas - 2013)
04. KRASCHAU - "Indivisibiliter Ac (Inseparabiliter)" (HUN) (kriegsfall-u & kraschau - unitas - 2013)
05. SCHATTENSPIEL - "Masks"(GER)(licht und schatten – the best of schattenspiel - 2013)
06. ARCANA - "The Arcane" (SWE) (the extra songs of arcana - 2014)
07. ARCANA - "Perdidit Cantus – live in Portugal" (SWE) (the extra songs of arcana  - 2014)
08. ROMA AMOR - "On The Wire" (IT) (on the wire -  2014)
09. WERKRAUM - "La Fée Verte" (GER) (kristalle - 2005)
10. THROUGH WAVES - "Que Diferença Um Ano Fez" (BRA) (que diferença um ano faz - sg – 2013)
11. SID SUICIDE - "Glória" (PT) (voltar - 2014)
12. BRUNUHVILLE - "Luna" (PT) (aura - 2013)
13. COTARD DELUSION - "Daughter" (PT) (fallen soldiers - 2013)
14. DARKWOOD - "Dream Of Flowers" (GER) (schicksalsfahrt - 2013)
15. DARKWOOD - "Broken Wings" (GER) (schicksalsfahrt - 2013)
16. SANGRE CAVALLUM - "A Canção Da Pedra" (PT) (pátria granítica - 2006)
17. ÀRNICA - "Marchando Al Albor" (ESP) (piel de tambor - sg - 2013)
18. ARDE FERO - "Siga A Ronda" (PT) (siga a ronda - 2013)
19. ARDE FERO - "Arriba da Serra Albora" (PT) (arriba da serra albora - 2014)
20. ARDE FERO - "Vira Boi! Arre Boi!" (PT) (arriba da serra albora - 2014)
21. THE HARE AND THE MOON - "Barbara Allen" (GB) (the hare and the moon - 2009)
22. WERKRAUM - "The Lore Of Thy Great Fortune" (GER) (the lore of thy great fortune - sg - 2014)
23. KENTIN JIVEK - "Creuser Dans Le Doute" (FRA) (Futurition - 2014)
24. FRAGILE - "Become The Silence" (ESP) (time does not forgive - 2014)
25. HAR BELEX - "Pathways" (ESP) (time does not forgive - 2014)
26. CURRENT 93 - "Kings And Things" (GB) (I am the last of all the field that fell - 2014)
27. CURRENT 93 - "Spring Sand Dreamt Larks" (GB) (i am the last of all the field that fell - 2014)

Photos : AF
CURRENT 93

ROMA AMOR

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Café Europa Radio Show #108, 06-FEV-2014 www.warfareradio.com

01. PSYCHIC TV - "Je T'Aime" (GB) (beauty and thee beast - 2002)
02. CHELSEA WOLFE - "Fight Like Gods" (USA) (sing songs together … 7" w. king dude - 2013)
03. KING DUDE - "Pagan Eyes Over German Skies" (USA) (pagan eyes over german sky 7" w. urfaust – 2013)
04. LUX INTERNA - "In The Hidden Fields" (USA) (ignis mutat res - 2004)
05. LUX INTERNA - "Fallen" (USA) (god is not dead  for  the birds - 2007)
06. LUX INTERNA - "Seed" (USA) (there is light in the body,  there is blood in the sun - 2013)
07. SUNSET WINGS - "The Storm Cone" (RUS) (farewell - 2012)
08. SUNSET WINGS - "The Sun Descending In The West" (RUS) (shining thro’  the veil of night - 2013)
09. SPLENDOR SOLIS - "Contritum" (RUS) (ordo septem radiorum - ep - 2013)
10. DONIS - "Mergyte Mano Mulima (My Lovely Girl )" (LIT) (bars bars - 2013)
11. SPANXTI - "Saule Rieda Dangumi" (LIT) (dievožirgai,  laimės ratai - 2012)
12. SOL INVICTUS - "In Days To Come" (GB) (in the rain - 1995)
13. MICHAEL GIRA - "Blind" (USA) (drainland - 1995)
14. SWANS - "God Damn The Sun" (USA) (the burning wold - 1989)
15. ARROWWOOD - "Ballad Of The Hanged Men" (USA) (beautiful grave - 2013)
16. SANGRE DE MUERDAGO - "Madeira De Teixo, Pedra De Castro" (ESP-GAL) (s/t - 2012)
17. THROUGH WAVES - "Que Diferença Um Ano Faz" (BRA) (que diferença um ano faz - sg - 2013)
18. IANVA - "Passionaria" (IT) (italia - ultimo atto - 2009)
19. CLAIR OBSCUR - "Artistic Slaughter" (FR) (in out - 1987)
20. CORAZZATA VALDEMONE - "Gorizia" (IT) (avanguardia rumorista - 2013)
21. VARUNNA - "Ferro e Ruggine" (IT) (ferro e ruggine - 2012)
22. TEHO TEARDO & BLIXA BARGELD - "Come Up And See Me" (IT-GER) (still smiling - 2013)
23. THE GREEN MAN - "At Stockholm" (IT) (musick without tears - 2012)
24. CALLE DELLA MORTE - "Bambolina (demo version)" (IT) (gente di malaffare – come te go fato desfo - 2009)
MICHAEL GIRA


Photos: AF 
BLIXA BARGELD